06 de junho de 2014 | 12h22
Primeiro, um homem detonou um carro-bomba perto do Toyota Land Cruiser blindado de Abdullah, quando ele estava saindo de uma reunião com partidários no hotel Ariana. A seguir, disseram testemunhas, outro suicida detonou o artefato que trazia junto ao corpo no meio de uma multidão que começava a se juntar no local. Dentre os mortos está um dos guarda-costas de Abdulla e dois motoristas de sua campanha.
Os ataques desta sexta-feira representam um significativo aumento da violência política, pouco antes do turno decisivo da eleição presidencial que acontece em 14 de junho e vai escolher o sucessor de Hamid Karzai.
Embora o Taleban tenha prometido várias vezes prejudicar a eleição, que considera ilegítima por causa da presença norte-americana no país, o grupo ainda não havia atacado eventos de campanha dos candidatos. Nenhum grupo havia assumido a autoria do ataque.
No momento do ataque, Abdullah, ex-ministro de Relações Exteriores, estava no interior de seu veículo blindado com outro ex-ministro de Relações Exteriores, Zalmai Rassoul, o candidato presidencial que terminou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição, realizado em 5 de abril e que depois disso passou a apoiar Abdullah. Os dois não ficaram feridos e Abdullah participou de outro evento eleitoral em Cabul mais tarde.
"O objetivo do ataque de hoje foi criar medo e terror para impedir o povo afegão de votar", disse Abdullah a seus partidários horas depois das explosões. "A resposta correta para a ação de hoje é saia e vote.
Abdullah descreveu as explosões como uma "tragédia" e expressou suas condolências às famílias das vítimas. Além dos seis mortos, mais de 20 pessoas ficaram feridas, informou a polícia. Fonte: Dow Jones Newswires.
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