Candidato diz que insegurança é o principal problema da Venezuela

"A gente vive com o temor de sair de casa e não saber se voltará. Em muitos bairros impera um toque de recolher a partir das seis da tarde", disse o candidato de centro-esquerda à Presidência Teodoro Petkoff

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Por Agencia Estado
Atualização:

A persistente insegurança vivida na maior parte da Venezuela é o problema que causa mais sofrimento aos cidadãos do país, afirmou neste sábado, 24, o candidato de centro-esquerda à Presidência Teodoro Petkoff. "As enquetes apontam que a insegurança é a primeira preocupação dos venezuelanos", disse Petkoff durante uma visita ao bairro de Catia, um dos mais violentos de Caracas. "A gente vive com o temor de sair de casa e não saber se voltará. Em muitos bairros impera um toque de recolher a partir das seis da tarde", disse o candidato. Oposição Petkoff é um dos dirigentes de oposição que aspira concorrer com o governante Hugo Chávez nas eleições presidenciais de 3 de dezembro. O problema da insegurança ocupa um importante espaço na imprensa local, que informa semanalmente dezenas de assassinatos. Os registros policiais indicam que na Venezuela acontecem aproximadamente 10 mil mortes violentas por ano, um dos mais altos índices de criminalidade do mundo. Petkoff afirmou também que apenas neste ano foram registrados mais de 200 seqüestros no país, e que o problema da insegurança é agravado pela "decomposição da Polícia" no país. Medo O candidato, que foi ministro de Planejamento no último Governo do presidente Rafael Caldeira (1994-1999), manifestou que 80% dos venezuelanos "temem" a polícia. O Governo respondeu às declarações de Petkoff afirmando que a violência é um "problema estrutural" difícil de ser combatido. Para que a situação mude, é preciso reduzir a pobreza e solidificar a família, principalmente nas camadas mais pobres. Os líderes venezuelanos também disseram que além de trabalhar a longo prazo para minimizar a violência, foram iniciados planos para combater a insegurança. No entanto, os resultados do combate à violência foram até agora decepcionantes, segundo opinião quase unânime dos venezuelanos.

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