22 de novembro de 2015 | 13h30
(Atualizado às 14h55) BUENOS AIRES - Em tom de campanha que desafiava a lei eleitoral, o candidato governista Daniel Scioli, de 58 anos, votou no início da manhã deste domingo, 22, em Tigre, cidade turística a 50 quilômetros de Buenos Aires. Diante de vários canais de TV, o representante do kirchnerismo pediu ao eleitor "votar em defesa de seu futuro".
Como em cada comício, citou o papa Francisco para pedir um voto consciente. Na quarta-feira, o pontífice pediu consciência aos argentinos ao votar. "Vocês já sabem o que eu penso", afirmou. A frase foi usada nos últimos dias de campanha governista como um apoio, já que Jorge Bergoglio pertencia à ala conservador do peronismo.
Cercado mais por jornalistas que por eleitores, o ex-piloto de lancha - que perdeu o braço direito em uma corrida em 1989 - fez brincadeiras com a letra de um tango, ao afirmar que havia ficado "mano a mano" com seu adversário. Alguns gritavam "se sente, se sente, Scioli presidente".
Comentando o dia ensolarado, que na argentina costuma ser chamado "dia peronista", Scioli celebrou que a votação fosse celebrada em um "dia pero...". Ele cortou a palavra para não infringir a lei eleitoral, mas adotou um tom claro de campanha em seguida. "Escolha o caminho da estabilidade social, econômica e política. Pensem em seu salário, em seu trabalho", disse, recomendando em seguida "o voto no seguro, no confiável, o voto para manter o que há que manter".
Duas horas depois, a presidente Cristina Kirchner adotou o mesmo tom ao votar em Río Gallegos, no sul do país, a 2,5 mil quilômetros de Buenos Aires. Às 14h30min, já haviam votado 31% dos 32 milhões de habilitados. Não havia denúncias graves de irregularidades./ COM INFORMAÇÕES DA AFP
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