Carol matou o marido. E culpou o amante, o ex-marido...

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Por Agencia Estado
Atualização:

Carol Croydon mentiu friamente, durante o julgamento, tentando atribuir a morte de seu marido, Philip, a várias pessoas, incluindo seu amante. Mas ontem, depois de finalmente admitir o crime, recebeu a sentença de 15 anos por assassinato, no tribunal de Nottingham. E ouviu o juiz Colman Treacey dizer-lhe que era ?uma assassina implacável e sem coração que não demonstrou nenhum arrependimento ou remorso?. O júri de Nottingham, no centro da Inglaterra, levou menos de três horas para chegar ao veredicto e declarar Carol, de 49 anos, da cidade vizinha de Edwinstowe, culpada, sem levar em consideração suas alegações de que sofria de perturbadoras lembranças por haver sofrido abusos sexuais por várias vezes em diferentes épocas. ?Você é, em minha opinião, calculista e tortuosa?, disse-lhe ainda o juiz. Os advogados de acusação contaram ao tribunal que Philip Croydon, de dirigia uma loja de tapetes e decoração, em Long Eaton, próxima da Nottingham, tinha combinado de encontrar a mulher num hotel, numa tentativa de ?esquentar? o casamento. Os dois estavam tendo casos paralelos. Nos 40 minutos do encontro, Carol esfaqueou seu marido 22 vezes no peito e no pescoço. E, depois, amarrou gravatas em seus pulsos, uma no pescoço e deixou-o lá, nu, aos pés da cama, para simular uma fantasia sexual que não dera certo. Quando foi presa, Carol disse à polícia que deixara seu marido no quarto do hotel com um casal de ?swingers?, casais que gostam de trocar de parceiros para sexo. Mais tarde, ela jogou a culpa em seu amante, Nelson Bland, e depois tentou implicar seu ex-marido, até finalmente admitir que ela era a responsável. Mas apenas porque perdera a razão quando lembrou que Philip abusara dela, O grupo feminista Justice for Women afirma que Carol sofreu anos de abuso físico e psíquico quando criança e de seu marido. ?Carol foi vítima duas vezes ? primeiro, dos que abusaram dela e, segundo, de um sistema legal que recusou-se a aceitar os efeitos profundos do abuso infantil e da violência doméstica sobre uma mulher.?

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