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Carregador do aeroporto Charles de Gaulle é solto

Por Agencia Estado
Atualização:

Um carregador detido por engano num aeroporto de Paris e preso por duas semanas depois que a polícia encontrou armas em seu carro foi libertado hoje, enquanto os dois homens que supostamente o acusaram estão sob custódia da polícia. Abderazak Besseghir, um cidadão francês de origem argelina, de 27 anos, foi solto da prisão depois que uma testemunha confessou ter colocado as armas em seu carro, como parte de um plano para promover uma vingança familiar. A libertação de Besseghir marcou o fim de um caso que não havia intrigado somente os investigadores, mas também levantou a hipótese de um possível ataque terrorista em um dos mais movimentados aeroportos europeus. Sorrindo enquanto segurava seu filho bebê nos braços, Besseghir abraçou seus parentes após ter deixado a prisão de Fleury-Merogis, na região de Essonne, ao sul de Paris, hoje à tarde. A libertação aconteceu após um ex-soldado francês ter admitido que ajudou a colocar armas e explosivos no carro de Besseghir, obedecendo ordens de um detetive particular, Patrick Pouchoulin, que estava trabalhando para um dos parentes da falecida esposa de Besseghir. O soldado, um ex-membro da Legião Francesa chamado Marcel Le Hir, foi a testemunha que informou à polícia ter visto Besseghir agir de forma suspeita no estacionamento do aeroporto. Ambos os homens deverão ser investigados por fazer falsas acusações depois de comparecer hoje perante um juiz. Besseghir foi detido no dia 28 de dezembro, depois que Le Hir alegou tê-lo visto manusear uma arma em um estacionamento do aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, onde ele trabalhava. A polícia o prendeu e encontrou duas armas automáticas, explosivos e detonadores no seu Peugeot 206. Durante todo o tempo ele insistiu que era inocente e disse que estava sendo perseguido por um parente de sua falecida esposa, Louisa, que morreu em um incêndio na casa da família no verão passado. A morte dela foi classificada como suicídio, mas a família acredita que Besseghir seja o culpado.

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