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Carro-bomba explode em Medellín

Por Agencia Estado
Atualização:

Em meio a uma sangrenta batalha travada entre forças governamentais e a guerrilha pelo controle da região de Comuna 13, um potente carro-bomba explodiu na madrugada desta quinta-feira diante de um edifício no centro da cidade de Medellín, na Colômbia, sem deixar vítimas. O táxi, carregado com cerca de 40 quilos de explosivos detonados diante de um moderno edifício de 18 andares, foi colocado por um indivíduo que conseguiu escapar, mas em seguida foi localizado e morto por uma patrulha, informou a polícia. Este foi o terceiro ataque em quatro anos com explosivos contra o edifício da empresa de cimento Argos, que sofreu sérios danos. A explosão também afetou outras edificações vizinhas em Medellín - a segunda cidade do país, com mais de 2 milhões de habitantes e localizada a 250 km a noroeste de Bogotá. O incidente ocorre em momentos em que as tropas do governo tentam recuperar Comuna 13, no noroeste do município, em uma batalha campal contra grupos guerrilheiros urbanos que controlam essa zona onde vivem 100.000 pessoas. Também nesta quinta-feira, o chefe da IV Brigada do Exército, general Mario Montoya, confirmou a desativação de uma carga explosiva no interior de um ônibus, que havia sido colocado perto de uma escola do bairro Las Independencias, próximo ao lugar dos confrontos. O carregamento neutralizado por especialistas era composto por 1.500 gramas do explosivo R-1. Nenhum grupo se responsabilizou pela tentativa de atentado, mas se presume que ele seja de autoria dos guerrilheiros. O mais recente informe divulgado pelo diretor da Polícia de Medellín, general Leonardo Gallego, indica que os confrontos que começaram na madrugada de quarta-feira tenham deixado até o início desta tarde quatro soldados e quatro rebeldes mortos. Além disso, autoridades dos serviços de socorro relataram a morte de um jovem de 16 anos, o que elevaria para 9 o número de vítimas fatais. No entanto, acredita-se que haja mais vítimas nas zonas onde as tropas ainda não puderam penetrar devido à férrea resistência dos grupos ilegais, afirmou o general Gallego. O número de feridos foi calculado em 11 civis - entre os quais 4 crianças -, 5 soldados e 2 guerrilheiros. Nas operações, que foram ordenadas diretamente pelo presidente Alvaro Uribe, também foram detidos 20 supostos rebeldes com grande número de armas, incluindo fuzis e explosivos. A polícia também libertou um comerciante que havia sido seqüestrado há uma semana pela guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN).

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