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Carro-bomba fere 24 perto de base dos EUA em Cabul

Comboio da Otan é alvo de atentado em estrada; Taleban assume a autoria do ataque desta sexta-feira

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Por Redação
Atualização:

Pelo menos 24 pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira, 13, em um ataque suicida com carro-bomba próximo a uma base militar americana em Cabul, informaram autoridades locais. Por meio de um comunicado, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) informou que nove soldados e dez contratados civis ficaram feridos, assim como um número não determinado de afegãos. O Ministério de Interior do Afeganistão informou que cinco civis de nacionalidade afegã ficaram feridos na explosão. O Taleban assumiu a autoria do ataque.

 

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"Por volta de 7h45 (hora local, 0h15 de Brasília), um ataque suicida cometido com um carro Corolla branco alvejou um veículo das forças de coalizão na Rodovia Jalalabad-Cabul", relatou a jornalistas Abdul Ghasar Aayedzada, investigador-chefe da polícia de Cabul. O veículo se dirigia para a base americana de Camp Phoenix, na periferia da capital afegã, afirmou o policial. A explosão ocorreu a menos de 500 metros da entrada principal da base. A potente detonação ecoou pela cidade e pôde ser ouvida a pelo menos cinco quilômetros de distância de onde aconteceu.

 

Cabul tornou-se, nos últimos meses, palco cada vez mais frequentes de ataques reivindicados pela milícia fundamentalista islâmica Taleban, entre eles a ação desta sexta. O ataque ocorre menos de uma semana antes da posse de Hamid Karzai para um segundo mandato como presidente do Afeganistão depois de um processo eleitoral marcado por episódios de fraude.

 

Em Londres, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, informou que o governo de seu país está tentando convencer aliados a contribuírem com mais 5.000 soldados para a campanha no Afeganistão. Em entrevista à Rádio BBC, Brown afirmou acreditar na possibilidade de uma vitória militar e disse que "não se pode ser um exército de ocupação para sempre".

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As declarações do chefe de governo britânico vêm à tona em um momento no qual o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, avalia o envio de mais dezenas de milhares de soldados americanos ao Afeganistão.

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