Carter apóia esforços na ONU para desarmar Iraque

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Por Agencia Estado
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Jimmy Carter afirmou hoje que as Nações Unidas continuam a ser o fórum correto para os países tentarem resolver suas diferenças, e conclamou os Estados Unidos a buscar uma solução com o Iraque. Carter, 78 anos, vai aceitar o Prêmio Nobel da Paz amanhã, numa época em que a ameaça de guerra entre os EUA e o Iraque domina as manchetes dos jornais e as discussões. O ex-presidente norte-americano está sendo homenageado "por suas décadas de incansáveis esforços para encontrar soluções pacíficas para conflitos internacionais, apoiar o avanço da democracia e os direitos humanos, e promover o desenvolvimento econômico e social." Em entrevista coletiva em Oslo, Carter disse que apóia totalmente a política do presidente norte-americano, George W. Bush, mas afirmou que esse apoio está sujeito ao esforço de Bush em encontrar uma solução à crise iraquiana com a ONU e os inspetores de armamentos. "Se o Iraque obedecer completamente o mandado do Conselho de Segurança da ONU ... não vejo necessidade de um conflito", declarou Carter, falando no Instituto Nobel, em Oslo. "Caso contrário, acho bastante provável que ocorra um conflito armado." Carter, presidente dos EUA entre 1977 e 1981, foi escolhido para o prêmio deste ano em virtude das mais de duas décadas em que empreendeu esforços para promover a paz, incluindo o Acordo de Camp David, de 1978, pelo qual, na época, quase recebeu o Nobel da Paz. "Acredito que o Prêmio Nobel da Paz foi-me concedido basicamente por causa dos últimos 20 anos de esforços do Centro Carter", afirmou, referindo-se ao centro que ele fundou em 1982, sediado em Atlanta, no Estado da Geórgia. O centro atua em temas que digam respeito à paz, direitos humanos e projetos de saúde em 65 países.

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