PUBLICIDADE

Carter e o acordo de Camp David

Por Agencia Estado
Atualização:

Na noite de 18 de setembro de 1978, o presidente egípcio Anwar Sadat e o primeiro-ministro israelense Menachem Begin assinaram - com o presidente americano Jimmy Carter como testemunha, numa cerimônia transmitida ao vivo pela tevê - dois históricos documentos que punham fim ao conflito entre seus países e pareciam criar a base para a pacificação do Oriente Médio. Depois de 13 dias de árduas negociações ultra-secretas, que, muitas vezes, estiveram a ponto de fracassar, a cúpula de Camp David terminou naquela noite com resultados inesperadamente concretos. Carter, Sadat e Begin partiram de helicóptero rumo a Washington e, numa sala da Casa Branca, prestaram declarações à imprensa sobre os resultados obtidos em Camp David, seguidas pela cerimônia da assinatura. Carter, que falou primeiro, alegrou-se com o fato de o chamado conjunto à oração feito no início da reunião dos três líderes ter sido "escutado além de todas as esperanças". Sadat afirmou, dirigindo-se a Carter, que era "indispensável a continuação de seu papel". "Precisamos de sua ajuda e do apoio do povo americano", declarou o presidente egípcio. A intervenção de Begin foi mais comedida, mas colorida por tiradas humorísticas: "A conferência de Camp David deveria ser chamada de conferência de Jimmy Carter. O presidente trabalhou mais duro do que nossos antepassados quando construíram as pirâmides do Egito." "O presidente acompanhou com interesse cada parágrafo, cada frase e cada palavra dos acordos", disse Begin, acrescentando que a cúpula de Camp David era o acontecimento histórico "mais importante depois do Congresso de Viena". Depois dos discursos, Sadat e Begin se levantaram e trocaram um generoso abraço, às costas de Carter. Os três então trocaram apertos de mãos e cruzaram as mãos sobre o peito.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.