Casa Branca afirma "não negociar com terroristas"

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Casa Branca garantiu hoje que "não negocia" com terroristas, em resposta à suposta gravação do líder da al-Qaeda, Osama bin Laden, em que ele ameaça os EUA com mais atentados, mas também oferece uma trégua. "Os líderes da al-Qaeda estão fugitivos, mas nós não vamos ceder, seguiremos atacando-os e acabaremos vencendo", disse em sua entrevista coletiva diária o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan. Os serviços de inteligência examinam a gravação transmitida pela rede de televisão via satélite Al-Jazira para determinar sua autenticidade, embora por enquanto, segundo McClellan, "não haja nada para informar". O porta-voz garantiu que Bin Laden e o resto dos dirigentes da Al Qaeda estão "sob uma enorme pressão". "Lembrem de quando pediu aos iraquianos para que não votassem nas eleições e aconteceu o que aconteceu", apontou em referência a que oito milhões de cidadãos foram às urnas. Apesar de McClellan insistir na suposta situação de fraqueza de Bin Laden, ele reconheceu que os terroristas podem voltar a atacar os Estados Unidos e disse que houve "sorte" de que isso ainda não tenha ocorrido. Por isso, garantiu, "devemos fazer tudo o que estiver em nossas mãos" e "devemos atuar em todos os campos para nos impor", ressaltou o porta-voz. "Estamos ganhando e apoiando a democracia e a paz no Oriente Médio", acrescentou McClellan, na primeira reação do Governo americana à fita. De acordo com a gravação transmitida pela Al-Jazira, Bin Laden anunciou que o povo americano vai ver em sua "própria casa" as operações terroristas que, segundo ele, "estão em preparação" e que seriam similares "às explosões cometidas nas importantes capitais européias da aliança (de forças no Iraque) agressora". Segundo Bin Laden, um cessar-fogo "beneficiaria ambas as partes com segurança e estabilidade e serviria para reconstruir o Iraque e o Afeganistão, que foram destruídos pela guerra".

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