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Casa Branca lança nova ofensiva diplomática

Por Agencia Estado
Atualização:

Confrontado com a ausência de progressos visíveis na guerra contra o Taleban e a rede terrorista Al-Qaeda no Afeganistão e com a evidente falta de entusiasmo internacional diante da campanha que desencadeou contra o terrorismo, o presidente norte-americano, George W. Bush, iniciou, nesta terça-feira, uma ofensiva em busca de apoio de outras nações, dizendo que "é hora de ação". Num discurso transmitido pela manhã, via satélite, para uma conferência internacional em Praga, e em entrevista que concedeu com o presidente da França, Jacques Chirac, depois de recebê-lo no Salão Oval para uma conversa, Bush disse que "os parceiros da coalizão (contra o terrorismo) precisam fazer mais do que apenas manifestar simpatia" e mostrar também "desempenho". Na mais clara indicação, até agora, de que a disposição de cooperação dos países na guerra contra o terrorismo será um fator determinante da qualidade de suas relações com os EUA no futuro, Bush disse que "com o passar do tempo será importante para as nações saberem que elas serão cobradas pela inatividade". Bush, que vai receber na próxima sexta-feira o presidente Fernando Henrique Cardoso, reiterou a advertência que fez em seu discurso ao Congresso norte-americano, no dia 20 de setembro, quando disse que não vê lugar para neutralidade na guerra contra o terrorismo: "Você está conosco ou está contra nós na luta contra o terrorismo". O presidente norte-americano não descreveu o que espera de cada país, indicando apenas que cada um deve contribuir de acordo com sua capacidade. A ofensiva diplomática de Bush tem por objetivo preparar o terreno para o discurso que fará à Assembléia-Geral das Nações Unidas neste sábado. Mas o ponto culminante da nova ofensiva diplomática será a visita a Washington, na próxima semana, do presidente da Rússia, Vladimir Putin, cujo forte apoio à guerra contra o terrorismo abriu novos cenários de cooperação entre os dois antigos arquiinimigos da guerra fria. Um alto funcionário norte-americano assinalou nesta terça-feira, por exemplo, que a significativa melhora das relações entre Moscou e Washington desde o dia 11 de setembro abriu caminho para os dois países explorarem novas opções em relação ao Iraque. A Rússia era, até agora, contrária a um aperto do regime de sanções ou de inspeções internacionais de armas em Bagdá. "Precisamos retornar a essa questão", disse o alto funcionário. Leia o especial

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