Casa Branca planeja sanções contra Pyongyang, diz NYT

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Por Agencia Estado
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A Casa Branca desenvolve planos para impor sanções contra a Coréia do Norte, caso Pyongyang se recuse a abandonar seus esforços para desenvolver armas nucleares, publicou o jornal The New York Times, citando funcionário dos EUA. Desafiante, a Coréia do Norte declarou que triunfará em uma confrontação nuclear com os EUA, enquanto que o presidente sul-coreano, Kim Dae-jung, advertiu que Pyongyang poderia desencadear uma corrida armamentista atômica no noroeste da Ásia. De acordo com o NYT, as sanções contra a Coréia do Norte incluiriam a proibição das exportações de armas norte-coreanas e o bloqueio do envio de dinheiro de coreanos residentes no Japão. Segundo o diário, as sanções afetariam as vendas de tecnologia de mísseis ao Irã, Iraque e outros países que têm sido até agora importantes fontes de divisas para a Coréia do Norte. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) denunciou na semana passada a Coréia do Norte ao Conselho de Segurança (CS) da ONU, que poderá impor sanções contra o Estado comunista, apesar de Pyongyang ter advertido que elas seriam consideradas uma declaração de guerra. O secretário americano de Estado, Colin Powell, disse na semana passada ser prematuro impor sanções contra Pyongyang e defendeu a busca de uma solução diplomática para a crise, desencadeada pela decisão da Coréia do Norte de reativar seu reator nuclear de Yongbyon. Um alto funcionário americano expressou a disposição de Washington de "falar sobre incentivos" se a Coréia do Norte começar a desmantelar seu programa de armas, mas advertiu que se Pyongyang continuar aumentando a pressão, é provável que haja sanções. O primeiro passo, segundo o jornal, seria exortar o CS da ONU a condenar a recente saída da Coréia do Norte do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e a quebra de acordos internacionais. O diário lembrou que Rússia, China, Coréia do Sul e Japão se mostram contrários à imposição de sanções contra Pyongyang, que no domingo anunciou a intenção de construir quatro centrais nucleares para suprir suas necessidades de energia. A Coréia do Norte insiste em que não está fabricando armas nucleares, mas a estatal Rádio Central norte-coreana disse hoje: "A vitória em um conflito nuclear é nossa e a bandeira vermelha da política de prioridade do Exército ondulará mais vigorosamente". O Exército norte-coreano, com um milhão de militares, é o quinto maior do mundo e seu orçamento absorve um quarto do PIB do país.

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