03 de julho de 2014 | 02h00
Pela legislação, crianças que chegam desacompanhadas e são pegas pela polícia na fronteira devem ser entregues ao Departamento de Saúde e Serviço Social. Obama pediu ao Congresso que mude a lei federal, permitindo que os policiais decidam sobre a deportação e possam enviar as crianças de volta.
Segundo uma autoridade americana, que falou em condição de anonimato, o governo está comprometido com as bases da lei que garante proteção para crianças traficadas e a não deportação para locais em que vivam situações perigosas.
Mais de 52 mil crianças desacompanhas saíram da América Central e foram pegas tentando entrar nos EUA desde outubro, segundo dados da agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.
Pela lei de 2008,aprovada pelo Senado e pela Câmara, os agentes da Patrulha da Fronteira podem decidir se as crianças vindas de países fronteiriços, como México, têm direito a permanecer nos EUA. Se precisarem ser deportadas, o processo é mais rápido porque podem ser entregues diretamente para oficiais do país de origem.
Quando as crianças saem de outros países, a repatriação envolve mais preparo então a lei determina que elas sejam entregues ao Departamento de Saúde e Serviço Social em 72 horas, onde receberão assistência e moradia enquanto aguardam o processo do pedido de asilo.
A Casa Branca quer tratar os casos de crianças vindas da América Central como os das vindas do México.
Na próxima semana, Obama viajará ao Texas, mas não tem planos, até o momento, de visitar a fronteira, como pediu o governador republicano Rick Perry. "Se ele não vier até a fronteira, acho que é um reflexo real de sua falta de preocupação com o que realmente está ocorrendo aqui", afirmou Perry. / EFE e NYT
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