Casa Branca receberá líderes rebeldes da Líbia nesta sexta

Representante do Conselho Nacional de Transição vai se reunir com membros do governo dos EUA

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WASHINGTON - O governo dos EUA anunciou na manhã desta quinta-feira, 12, que representantes da oposição da Líbia se reunirão na sexta com funcionários americanos na Casa Branca, o que representa o primeiro encontro deste nível desde o início da rebelião popular no país norte-africano.

 

 

A Casa Branca divulgou em comunicado que a reunião terá presença do representante do Conselho Nacional de Transição da Líbia, Mahmoud Jibril que se encontra em Washington, onde deve dar uma conferência em um centro de estudos, a Brookings Institution, e se reunir com membros do Congresso americano. Na sexta, Jibril será recebido na Casa Branca pelo conselheiro de segurança nacional Thomas Donilon. Não há planos de encontro entre os rebeldes e o presidente Barack Obama.

 

 

Países como França e Itália já reconheceram o Conselho como o governo legítimo da Líbia. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, porém, disse que os EUA continuarão consultando a oposição líbia e auxiliando-a, mas que seria "prematuro" dar legitimidade política ao órgão dos rebeldes.

 

 

Ainda assim, o apoio dos EUA aos rebeldes que lutam para derrubar o ditador Muamar Kadafi cresceu nas últimas semanas. Obama autorizou o envio de US$ 25 milhões em ajuda não letal aos insurgentes - alimentos e equipamentos de comunicação. Também seriam enviados US$ 53 milhões em ajuda humanitária.

 

Os rebeldes tem pedido dinheiro para manter a luta contra as forças de Kadafi - parte da verba viria dos bens do ditador congelados nos EUA. "Precisamos desse dinheiro para ontem, não para hoje", disse Jibril, falando sobre a urgência da situação. "Há um senso de urgência porque é uma tragédia humana acontecendo", completou.

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Os EUA participam da incursão aérea liderada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para proteger os civis líbios. Os americanos já descartaram uma ação terrestre no país africano, mas têm pressionado Kadafi a deixar o poder.

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