
02 de maio de 2013 | 14h38
MOSCOU - O Casaquistão afirmou nesta quinta-feira, 2, que condena qualquer forma de terrorismo e está cooperando com os Estados Unidos na investigação do atentado à Maratona de Boston, após dois de seus cidadãos terem sido acusados de interferir no inquérito policial.
Os estudantes Azamat Tazhayakov e Dias Kadyrbayev, ambos de 19 anos, foram acusados por autoridades americanas de conspirarem para obstruir a Justiça. Eles são investigados por terem jogado fora uma mochila com fogos de artifício que encontraram no dormitório de um dos suspeitos do atentado, Dzhokhar Tsarnaev, e terem escondido um computador que seria dele.
Eles podem pegar até cinco anos de prisão se forem considerados culpados. Um terceiro homem, um cidadão dos EUA, também de 19 anos, foi acusado de ter feito declarações falsas a investigadores.
"O Casaquistão condena veementemente qualquer forma de terrorismo", disse o Ministério das Relações Exteriores em seu site. O órgão afirmou ainda que o país está cooperando com as agências de segurança dos Estados Unidos sobre o caso.
O Ministério destacou que Kadyrbayev e Tazhayakov foram acusados de destruir provas e não de envolvimento na organização do ataque à maratona, em 15 de abril, que matou três pessoas e feriu 264. "A culpa não foi provada e a investigação está em andamento", disse o ministério.
Documentos judiciais dos EUA revelaram que três dias após as explosões, o trio agiu rapidamente para encobrir seu amigo depois que o FBI divulgou fotos dele e do irmão, Tamerlan, suspeitos do atentado, e fez um apelo público por ajuda para localizá-los.
Os alunos foram descritos como amigos de faculdade de Dzhokhar, que pode pegar pena de morte se for condenado pela explosão de duas bombas caseiras, feitas com panela de pressão, perto da linha de chegada da maratona, onde havia dezenas de milhares de espectadores. / REUTERS
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