Caso Battisti será estudado ´sem parcialidade´, diz Genro

Em 1993, Battisti foi julgado à revelia na Itália, e condenado à prisão perpétua, por quatro assassinatos; Ele passou a década de 90 refugiado na França

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, assegurou na terça-feira, 20, que o processo de extradição do extremista italiano Cessar Battisti será estudado sob a "mais estrita legalidade". Genro recebeu uma ligação telefônica do ministro da Justiça italiano, Clemente Mastella, que pediu informações sobre a situação de Battisti, ex-membro de um grupo extremista italiano, detido no último domingo, no Rio de Janeiro. Mastella explicou que, para a Itália, "é muito importante obter a extradição, uma vez Battisti cometeu quatro homicídios e fugiu de uma prisão italiana". Genro disse que o Brasil aguarda "o pedido formal de extradição", sobre o qual decidirá o Supremo Tribunal Federal, após ser examinado pelo Ministério Público. "Vamos cumprir todos os trâmites legais, sem nenhum tipo de parcialidade", afirmou o ministro. Prisão Battisti integrou o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), responsabilizado por diversos atentados realizados na Itália. O extremista foi detido no Rio de Janeiro, no domingo, 18, graças a uma operação conjunta de autoridades brasileiras, francesas e italianas. Em 1993, ele foi julgado à revelia na Itália, e condenado à prisão perpétua, por quatro assassinatos. Battisti, de 52 anos, e que sempre negou sua responsabilidade nesses casos, passou a década de 90 refugiado na França. Desde 2004, quando perdeu sua condição de asilado político na França, o acusado se encontrava em paradeiro desconhecido.

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