Caso plano funcione, tropas deixarão o Iraque já em 2007

Secretário de Defesa afirma que se a violência diminuir, soldados voltam para casa

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Por Agencia Estado
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Os Estados Unidos podem começar a retirar suas forças do Iraque ainda este ano caso o reforço que o presidente George W. Bush pretende enviar para Bagdá reduza significativamente a violência, informou nesta sexta-feira o secretário norte-americano de Defesa, Robert Gates. "Se as operações realmente funcionarem pode-se começar a ver um alívio da presença dos EUA em Bagdá e no próprio Iraque", disse Gates à Comissão de Serviços Armados do Senado. Defendendo o novo plano do presidente George W. Bush para a guerra, Gates alertou que o envio de mais forças dos EUA não vai acabar com a violência sectária, mas que, se reduzir "significativamente" a violência e se o governo iraquiano cumprir suas promessas de melhorar a segurança, "então pode haver ainda neste ano uma situação em que realmente se comece a retirar as tropas". De acordo com o The New York Times, o Secretário Gates disse a senadores nesta quinta que autoridades iraquianas finalmente parecem decididas a encarar suas obrigações de proteger seu próprio país, e um fracasso norte-americano lá seria retrocesso de proporções históricas. Robert Gates afirmou que os acontecimentos no Iraque nos próximos anos podem ser importantes. "Erros certamente foram cometidos pelos Estados Unidos no Iraque, mas apesar de tudo, o que temos nesse momento é incalculável", disse. Oposições Nesta quinta-feira, parlamentares dos dois principais partidos políticos americanos criticaram o plano de elevar o envolvimento militar dos Estados Unidos no Iraque. A decisão de enviar mais 21 mil soldados, foi rejeitada em comunicado divulgado pelos líderes democratas do Senado e da Câmara dos Representantes, Harry Reid e Nancy Pelosi. Parlamentares se opuseram às manobras de Bush argumentando o plano que está condicionado demais a promessas que o governo iraquiano já descumpriu no passado. Os líderes democratas do Senado e da Câmara dos Representantes, Harry Reid e Nancy Pelosi, divulgaram um comunicado em que manifestaram oposição à medida de elevar o número de soldados feita por Bush. O senador Carl Levin, democrata que preside a comissão, citou algumas dessas promessas, como desmantelar as milícias sectárias que dominam Bagdá e assumir a segurança por todas as províncias do país até o final de 2006. Gates admitiu que o governo iraquiano andou descumprindo metas, mas afirmou que agora será diferente. "Eles realmente parecem ávidos em assumir o controle dessa segurança", afirmou.

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