
11 de julho de 2017 | 11h54
DOHA - Os Estados Unidos e o Catar fecharam nesta terça-feira, 11, um acordo no qual o emirado se compromete a interromper o financiamento de grupos terroristas em ação no Oriente Médio. O pacto faz parte do esforço do secretário de Estado Rex Tillerson para normalizar as relações entre o Catar e seus vizinhos do Golfo, liderados pela Arábia Saudita, que romperam relações com o emirado no mês passado.
"O Catar fará esforços para fortalecer sua luta contra o terrorismo e lutar ativamente contra o financiamento de grupos radicais", diz o memorando assinado hoje.
Lapouge: Al-Jazeera no Catar
Tillerson segue amanhã para Jeddah, na Arábia Saudita, para tentar usar o acordo para que os países do Golfo coloquem fim ao boicote comercial, terrestre e aéreo que se seguiu ao rompimento de relações.
O governo do Catar rejeitou na semana passada 13 exigências feitas pelos países do Golfo, que incluíam o fechamento da rede de TV Al-Jazeera e o fim dos laços do emirado com o Irã - principal rival regional da Arábia Saudita.
Tillerson disse a repórteres em Doha que as concessões do Catar são razoáveis. "Estou esperançoso de que podemos conseguir algum progresso", disse o secretário de Estado ao lado do chanceler catariano Mohammed bin Abdulrahman al-Thani. "O Catar foi bem claro com suas posições. É um bom passo adiante."
Apesar de o presidente Donald Trump ter se colocado publicamente a favor da Arábia Saudita na disputa, o Pentágono teme que o embargo liderado por Riad possa prejudicar a base americana do país, onde funciona o Comando Central do Oriente Médio, e jogue ainda mais o Catar para o campo de influência do Irã. / WASHINGTON POST
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