Cenário: EUA em alerta com equipamento russo nas mãos da China 

Contratos milionários marcam a aproximação incômoda entre Vladimir Putin e Xi Jinping

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Há motivos de sobra para a preocupação dos EUA com a compra, pela China, de caças Sukhoi-35 e de sistemas de defesa antiaérea S-400 Triumph, da Rússia. Os equipamentos são os melhores disponíveis em sua classe – os equivalentes americanos, mais caros, estão sujeitos a restrições ao serem negociados. Os contratos milionários marcam a aproximação incômoda entre Vladimir Putin e Xi Jinping. A operação comercial incomoda em razão da possibilidade de acesso chinês a equipamentos sensíveis de Defesa. 

O presidente russo, Vladimir Putin, se reúne com o chinês, Xi Jinping Foto: Mikhail Klimentyev/Sputinik/AP

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A China recebeu um lote de dez Su-35 em 2017, que operam desde dezembro. O preço varia de US$ 45 milhões a US$ 65 milhões. Avançados, os jatos são considerados pelo Pentágono como rivais do F-22 Raptor e do F-35 Lightning, aeronaves de ataque mais sofisticadas do arsenal dos EUA. Os caças são grandes, medem 21,9 metros, voam a 18 mil metros e a uma velocidade máxima de 2,4 mil km/h. O peso chega a 34,5 toneladas – 25,3 em condição de combate completa. 

O sistema de defesa S-400 custa caro, cerca de US$ 400 milhões cada bateria, formada por oito carretas lançadoras com quatro tubos de disparo, 122 mísseis com alcance entre 40 e 450 km. A central digital de lançamento rastreia 100 objetivos simultaneamente. Segundo o ministro da Defesa da China, general Wei Fenghe, serão as últimas aquisições desse tipo que o país faz no exterior: “Construiremos nossos próprios sistemas”, disse. 

*É JORNALISTA

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