Esportes passaram a ser alvo de ataques desde a tomada de atletas de Israel por um comando palestino na Olimpíada de Munique, em 1972 – a ação terminou com a morte de 11 atletas, 5 terroristas, 1 policial e 1 piloto de helicóptero.
“Os acontecimentos dos últimos dias mostram que é muito difícil garantir 100% de segurança para equipes, jogadores e torcedores em deslocamentos de um lugar para outro”, avalia Andrew Cooke, do Centro Internacional de Segurança Esportiva (ICSS). Segundo ele, a preparação hoje exige sintonia entre vários países e diferentes autoridades.
“Quem está disposto a praticar um atentado procura sempre o ponto frágil e ataca ali, onde não há proteção”, afirma Pascal Boniface, diretor do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas (Iris), da França, para quem “o perigo agora está em toda parte”.
“Uma vez que os eventos esportivos são universais e atraem a atenção de milhões de espectadores, os terroristas podem usá-los como vitrine para seus atentados”, diz. No dia 3 de junho, carros não poderão se aproximar do Estádio de Cardiff, País de Gales, onde se disputará a final da Liga dos Campeões. A Europa tem enfrentado atentados que usam veículos contra as vítimas. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ
*É JORNALISTA