28 de março de 2011 | 16h54
O ministro do Meio Ambiente, Jairam Ramesh, disse que se trata de uma boa notícia, mas advertiu contra qualquer negligência nos esforços para salvar o felino da extinção. "O aumento do número de animais é o resultado de esforços sustentados, mas a diminuição dos corredores é alarmante", afirmou.
Especialistas em vida selvagem que realizaram o censo disseram que os corredores, que são as rotas geralmente usadas pelos tigres para se moverem de uma reserva para outra, sofreram uma forte redução na medida em que projetos de geração de energia, mineração e estradas cortam seus hábitats.
"Assegurar esses corredores deve ser considerado uma prioridade", disse Rajesh Gopal, diretor da Autoridade Nacional de Conservação de Tigres. Mas, com o avanço da agenda econômica na Índia, a ameaça aos tigres aumenta, já que o governo tenta fazer malabarismos com questões conflitantes como desenvolvimento e conservação da vida selvagem, declarou o diretor.
Em 2007, o censo apontou a existência de 1.441 tigres, uma profunda queda populacional na comparação com os 3.600 existentes de cinco anos antes. Um século atrás, cerca de 100 mil tigres rugiam pelas florestas indianas.
A diminuição de seus hábitats colocou os felinos em conflito com os agricultores, que vivem perto das reservas, e facilita a ação de caçadores que os matam por causa de suas peles e partes de seus corpos, que têm grande valor para a tradicional medicina chinesa. As informações são da Associated Press.
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