Centenas de palestinos atacam força de observadores em Hebron

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Por Agencia Estado
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Centenas de palestinos atacaram hoje, pela segunda vez desde o fim de semana, os membros da força internacional de observadores na cidade de Hebron, cuja sede tentaram incendiar. Os manifestantes foram à sede da missão internacional, com a aparente intenção de protestar contra a publicação das polêmicas caricaturas de Maomé em jornais europeus, disseram testemunhas. As fontes afirmaram que os manifestantes atiraram pedras e garrafas contra a missão, e que alguns tentaram atear fogo nela. A missão de Presença Temporária Internacional em Hebron (TIPH), de aproximadamente 70 pessoas, foi estabelecida na cidade em 1994, depois de um colono judeu matar 29 palestinos no Túmulo dos Patriarcas. O objetivo da TIPH é patrulhar a cidade e evitar atritos entre os cerca de 500 colonos judeus que vivem nela e os mais de 150.000 habitantes palestinos. No fim de semana, a missão foi alvo de um primeiro ataque por parte de palestinos furiosos, o que provocou a saída de alguns membros da força internacional de observação, formada por representantes de Noruega, Itália, Dinamarca, Suíça, Turquia e Suécia. Dias antes, os mais de dez observadores dinamarqueses haviam abandonado a cidade por temer represálias. Mesmo assim, os manifestantes gritaram hoje "Dinamarca, fora de Hebron" e outras palavras de ordem contra o Ocidente. A missão está sob proteção da polícia palestina desde a semana passada. Mas os policiais pouco puderam fazer diante do grande número de manifestantes, que conseguiram quebrar vários vidros. Desde a eclosão dos primeiros focos de violência na região por causa das caricaturas, a TIPH reduziu suas patrulhas em uma tentativa de evitar conflitos desnecessários, disse o chefe da missão, Arnstein Overkil.

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