09 de julho de 2009 | 15h03
O governador de Teerã, Morteza Tamaddon, disse que qualquer nova manifestação sofreria o mesmo tipo de resposta policial. "Se algumas pessoas planejam medidas contra a segurança ouvindo a convocação de redes contrarrevolucionárias, elas serão esmagadas sob os pés de nosso povo", afirmou ele, segundo informações divulgadas na noite de ontem pela agência de notícias Irna.
Grupos de policiais uniformizados estavam posicionados nos cruzamentos e integrantes da milícia pró-governo Basij à paisana eram vistos ao longo da rua da Revolução e na Universidade de Teerã, alguns dos locais para onde os protestos foram convocados. Ainda assim, um grupo de cerca de 300 jovens se reuniram em frente à universidade e começaram a gritar "morte ao ditador", disseram testemunhas. Muitos deles usavam máscaras cirúrgicas verdes, a cor do movimento de Mousavi.
A polícia agrediu o grupo usando cacetetes, porém, os manifestantes fugiram, se reagruparam em outra esquina e voltaram a gritar. A polícia os seguiu repetidamente, mas os manifestantes continuaram a se reagrupar, segundo testemunhas que falaram sob condição de anonimato. No período de uma hora, o número de manifestantes subiu para cerca de 700 e eles foram na direção dos portões da Universidade de Teerã. Uma linha de policiais bloqueava o caminho, mas eles não fizeram nada para dispersar os jovens, que mantiveram a marcha e continuaram a gritar.
Em uma outra rua, houve o encontro de cerca de 200 manifestantes. A polícia atirou bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los, mas, novamente, os jovens se reagruparam em outro lugar, disseram testemunhas. Foram a primeiras manifestações de rua em 11 dias, embora não possam ser comparados aos protestos que reuniram centenas de milhares de pessoas logo após a eleição presidencial do dia 12, que reelegeu o presidente Mahmoud Ahmadinejad.
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