24 de março de 2011 | 18h45
Em termos coletivos, "a onda de desaparecimentos forçados" pode corresponder a crime contra a humanidade, afirmaram eles.
Alegações de desaparecimentos incluem líbios que convocaram manifestações contra o líder Muammar Gaddafi, bem como membros de forças armadas que se recusaram a disparar em manifestantes ou se uniram a eles, declarou um dos peritos à Reuters.
O grupo de trabalho da ONU sobre desaparecimentos involuntários ou forçados expressou preocupação de que, "de acordo com a informação recebida, centenas de pessoas foram levadas para locais não revelados onde poderiam ter sido submetidas a tortura ou a outros tratamentos cruéis e degradantes, ou então executadas."
Desaparecimentos forçados podem ser considerados crimes contra a humanidade quando perpetuados de modo sistemático. E pessoas podem ser responsabilizadas criminalmente por isso, disse a entidade em um comunicado.
"Os casos aos quais nos referimos são atribuídos diretamente a agentes do Estado, sejam forças de segurança ou grupos sob seu controle", disse à Reuters Olivier de Frouville, um especialista francês nesse órgão da ONU.
"A maioria se refere a pessoas que fizeram convocações para manifestações, portanto, mostrando publicamente sua oposição ao regime, ou membros das forças de segurança que se recusaram a atirar em manifestantes ou tentaram se unir à revolta", declarou.
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