21 de junho de 2014 | 13h30
Abdullah anunciou nesta semana que ele estava cortando relações com a Comissão Eleitoral Independente e se recusaria a reconhecer quaisquer resultados que ela anunciasse. Ele também sugeriu que a Organização das Nações Unidas (ONU) participasse, ideia apoiada pelo presidente Hamid Karzai, impedido constitucionalmente de tentar se reeleger para um terceiro mandato.
A divulgação dos resultados iniciais parciais da eleição, aguardada para este sábado, foi adiada, segundo informou a agência de notícias Xinhua. A divulgação atrasará "alguns dias", informou o presidente da comissão eleitoral Ahmad Yousuf Nouristani. Ele disse este sábado que a comissão encaminhará qualquer preocupação que Abdullah possa ter. Resultados preliminares são aguardados para o dia 2 de julho e a divulgação final, para o dia 22.
Cerca de mil apoiadores de Abdullah se reuniram em Cabul para protestar contra a comissão eleitoral, acusando-a de fraude. "Nosso voto é nosso sangue e lutaremos por ele", diziam. Centenas de policiais cercaram o protesto, que foi pacífico. Em outra manifestação, centenas de apoiadores de Abdullah marcharam para a parte norte da capital rumo ao aeroporto, quando eles foram parados por um bloqueio policial.
O representante da ONU para o Afeganistão, Nicholas Haysom, disse a imprensa que está em contato com os candidatos. "Parte da mensagem que temos para eles é que haverá um vencedor e um perdedor e esperamos que os candidatos mostrem postura de estadistas e não de jogadores", declarou. Ele afirmou que a ONU iria procurar formas de trazer "cuidado extra" para a apuração.
Espera-se que o próximo presidente do Afeganistão assine um aguardado pacto de segurança, o qual permitiria que 10 mil tropas americanas permaneçam no país. Ambos os candidatos prometeram assinar o pacto. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.
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