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Centenas protestam contra Obama na África do Sul

Atualização:

Centenas de manifestantes marcharam em direção à embaixada dos Estados Unidos nesta sexta-feira, num protesto pacífico contra a iminente visita do presidente Barack Obama. Os manifestantes se opõem à política norte-americana para Cuba, à guerra no Afeganistão e ao aquecimento global além de outras questões. O protesto, realizado em Pretória, foi organizado por sindicalistas e membros do Partido Comunista Sul-africano. O objetivo é sensibilizar o povo e advertir os cidadãos norte-americanos sobre as violações aos direitos humanos cometidos pelo governo Obama, dentre elas o não fechamento da prisão de Guantánamo, onde são mantidos suspeitos de terrorismo, afirmou o coordenador da campanha, Mbuyiseni Ndlozi. "A administração desse governo não é bem-vinda e é recebida com antagonismo", afirmou Ndlozi. "Por isso, terão de repensar os padrões que regem seu governo."Os manifestantes carregavam faixas nas quais estava escrito: "Não, você não pode, Obama", mensagem inspirada no slogan de campana do primeiro mandato do presidente, "Sim, nós podemos (Yes, we can)".Obama e sua família devem chegar à África do Sul ainda nesta sexta-feira, como parte de uma viagem por três países africanos. A estadia de três dias incluirá uma visita à ilha Robben, na Cidade do Cabo, onde o ex-presidente Nelson Mandela passou 18 dos 27 anos em que esteve preso. Manifestantes realizaram um protesto semelhante do lado de fora do Parlamento, na Cidade do Cabo, onde o histórico de direitos humanos e relações comerciais de Obama foi questionado. "Ele está chegando para saquear a África e a África do Sul", afirmou o manifestante Abdurahman Khan. "Ele está vindo pelas riquezas e recursos naturais, pelo ouro e pelas minas de diamante, enquanto a maioria dos africanos e sul-africanos estão sofrendo."Os manifestantes também pretendem se reunir no sábado na Universidade de Johanesburgo em Soweto, onde Obama discursará para estudantes e receberá um diploma honorário de Direito, e no domingo, na Universidade da Cidade do Cabo. Fonte: Associated Press.

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