Centro de imprensa facilita controle do regime

PUBLICIDADE

Por Cláudia Trevisan , URUMQI e CHINA
Atualização:

À diferença do que ocorreu no Tibete no ano passado, o governo chinês decidiu permitir a entrada de jornalistas estrangeiros em Xinjiang para cobrir o conflito entre chineses das etnias han e uigur. O governo local criou um centro de imprensa que funciona 24 horas por dia e tem acesso à internet - bloqueada temporariamente na maior parte da província. O trânsito de jornalistas era relativamente livre em Urumqi, com exceção de algumas áreas onde a tensão se concentrou no domingo, nas quais a entrada era organizada pelo governo. Os únicos problemas enfrentados pelo Estado foram com hans insatisfeitos com o fato de a repórter estar fotografando as manifestações. Mas os controles seguem estritos em relação à mídia nacional, obrigada a repetir à exaustão a versão oficial dos fatos. Além disso, continua em vigor o bloqueio a sites, blogs e TVs que transmitem informações divergentes da oficial. Além da suspensão da internet em Xinjiang, o governo bloqueou o site Twitter e suspendeu as ligações internacionais feitas de Urumqi. A dúvida é saber se a relativa liberdade dos jornalistas será mantida. Ontem, as autoridades planejavam levar repórteres ao Bazaar, onde ocorreram confrontos violentos. Mas a visita da tarde foi cancelada após a situação fugir do controle pela manhã. Quando jornalistas chegaram ao local, foram imediatamente cercados por mulheres uigures, que reclamavam da prisão de seus maridos e filhos, supostamente inocentes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.