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Centro-esquerda apoia Juncker para Comissão Europeia

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Líderes europeus de centro-esquerda apoiaram no sábado a candidatura do ex-primeiro-ministro de Luxemburgo Jean-Claude Juncker para o cargo de presidente da Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia. Com isso, se desenha pela frente um cenário inflamado para a conferência da UE em Bruxelas no final da semana. Após conversas com nove líderes Social Democratas em Paris, o presidente francês François Hollande disse que eles estavam apoiando Juncker, consolidando o nome como o principal candidato a substituir Jose Manuel Barroso na liderança da Comissão Europeia. Hollande afirmou que os líderes iriam "respeitar" a tradição de que o maior grupo no Parlamento Europeu nomeia o candidato a chefia da comissão, "neste caso, Juncker". Juncker foi indicado pelo Partido do Povo Europeu, de centro-direita, o qual venceu a maior parte dos assentos no Parlamento Europeu no último mês, numa eleição que também marcou fortes ganhos para partidos anti-UE. Os movimentos para colocar Juncker no cargo dispararam a mais amarga disputa vista na Europa desde o começo da crise do Euro. A discordância deve dominar a conferência de dois dias que reúne 28 líderes da União Europeia a partir de quinta-feira, com o primeiro-ministro britânico David Cameron tendo se comprometido a lutar contra a indicação de Juncker "até o final". Cameron vê o indicado como um federalista que não irá adotar as medidas que Londres considera necessárias para o bloco. Hollande se encontrou neste sábado com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi e os líderes da Áustria, Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, Malta, Romênia e Eslováquia. Uma conferência pequena semelhante entre líderes de centro-direita neste mês marcou oposição forte a indicação de Juncker, embora a chanceler alemã Angela Merkel o apoie. O presidente francês afirmou que a União Europeia precisa "levar em conta o que aconteceu durante as eleições e assegurar que a Europa seja redirecionada". Ele acrescentou que esforços são necessários para impulsionar o crescimento econômico e a criação de empregos, pedindo maior "flexibilidade" em orçamentos, uma clara referência as regras duras apoiadas por Berlim para redução de déficit. "Temos o desejo de simplificar a Europa, de democratizar e de finalmente controlar a imigração de forma consistente com nossos valores e princípios", disse Hollande. Ele acrescentou que a centro-esquerda vai lutar para conquistar outras cadeiras importantes na União Europeia. Fonte: Dow Jones Newswires.

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