PUBLICIDADE

Europa resgata mais 2 mil no Mediterrâneo

Melhora das condições meteorológicas causa nova onda de travessia de refugiados por mar

Atualização:

ROMA - Cerca de 1,8 mil imigrantes foram resgatados nesta terça-feira, 4, no Canal da Sicília enquanto viajavam para a Itália. No dia anterior, a Guarda Costeira italiana informou ter resgatado 6.297 imigrantes do mar quando também tentavam chegar ao território italiano a bordo de cerca de 40 barcos, em um dos maiores números registrados em um dia. 

No total, a central operacional da Guarda Costeira conduzirá hoje 31 operações de salvamento em alto-mar. Segundo autoridades locais, o número de salvamentos deve aumentar, uma vez que apenas algumas dessas operações haviam sido concluídas até a noite desta terça-feira. 

Imigrantes aguardam em embarcações improvisadas para serem resgatados no Mar Mediterrâneo Foto: AFP PHOTO / ARIS MESSINIS

PUBLICIDADE

Além disso, a Guarda Costeira italiana coordenou a retirada e a internação imediata de quatro imigrantes em razão das péssimas condições físicas que apresentavam – entre eles, uma mulher grávida. Na segunda-feira, uma outra grávida foi resgatada, mas não sobreviveu. 

Participaram também da operação de salvamento de ontem embarcações da Marinha italiana, do dispositivo comunitário EUNavforMed e de várias organizações humanitárias como Médicos Sem Fronteiras (MSF) e a MOAS, de Malta, entre outros. Após serem resgatados, os imigrantes foram transferidos para portos do sul da Itália, como o de Catânia. 

Uma fonte afirmou que as condições meteorológicas no Mediterrâneo Central “estão bastante favoráveis”, o que tem provocado esse novo aumento do fluxo migratório. 

A onda recente de travessias migratórias ocorre três anos depois da “tragédia de Lampedusa”, um naufrágio ocorrido em 3 de outubro de 2013 no qual morreram 366 imigrantes que representou um ponto de inflexão no tratamento do fenômeno por parte da Itália e da União Europeia. / EFE e REUTERS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.