Cerca de 200 são detidos em protesto em Hong Kong

teste

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

A polícia de Hong Kong prendeu 196 pessoas nesta quarta-feira após dezenas de milhares se juntarem a uma marcha na ex-colônia britânica para pressionar por democracia.Embora Hong Kong aproveite um elevado grau de autonomia desde o fim do domínio britânico, em 1997, o governo da China tem alertado os cidadãos da ilha que Pequim mantém a autoridade da cidade.Segundo informações da polícia, o protesto que começou na terça-feira em Hong Kong reuniu 98.600 pessoas no seu auge, sendo que as detenções ocorreram sob a alegação de reunião ilegal e a acusação de impedir a polícia de trabalhar. Organizadores do evento estimam que 510 mil pessoas compareceram ao protesto, enquanto pesquisadores da Universidade de Hong Kong divulgaram uma projeção entre 154 mil e 172 mil.As detenções ocorreram enquanto dois grupos de estudantes praticavam uma manifestação pacífica com o objetivo de ocupar a rua no distrito financeiro de Hong Kong. A intenção era permanecer no local até as 8h da manhã, no horário local, mas a polícia retirou um a um. Outro grupo protagonizou uma manifestação semelhante na frente da sede do governo, esperando a chegada do executivo-chefe Leung Chun-ying ao trabalho. O primeiro de julho é um feriado público em Hong Kong e marca a entrega de Hong Kong de Londres para Pequim. Tradicionalmente, o dia é marcado por protestos. Neste ano, o foco dos manifestantes levou em conta um documento divulgado pelo gabinete da China no mês passado, o qual dizia que a autonomia de Hong Kong não é inerente, mas autorizada pelo governo central de Pequim.Há alguns dias, cerca de 800 mil moradores votaram em um referendo informal que tem como intenção apoiar uma democracia completa, mas Pequim denunciou o referendo como uma farsa política. Os líderes do Partido Comunista da China prometem permitir que os cidadãos de Hong Kong elejam o líder da cidade até 2017, mas rejeita o pedido para que o povo nomeie candidatos. Fonte: Associated Press.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.