"Cérebro" dos últimos atentados no Sinai morre em tiroteio

No confronto as forças de segurança também prenderam o seu acessor, acusado de envolvimento no tríplice atentado do dia 24 de abril

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Por Agencia Estado
Atualização:

As forças de segurança egípcias mataram o suposto "cérebro" dos recentes atentados no balneário de Dahab, na Península do Sinai, nos quais 19 pessoas perderam a vida, inclusive 6 estrangeiros, informaram nesta terça-feira fontes policiais. Nasr Khamis al-Malahi, que liderava a lista dos terroristas mais procurados pelos organismos de segurança egípcios, morreu em um tiroteio com as forças antiterroristas em uma área montanhosa situada ao leste da cidade de Al-Arich, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, disseram as fontes. No confronto, as forças prenderam um assessor de Al-Malahi identificado como Mohamad Abdallah e também acusado de envolvimento no tríplice atentado do dia 24 de abril. O ataque em Dahab, no leste do Sinai, foi seguido, dois dias mais tarde, por outros dois cometidos por dois suicidas contra policiais egípcios e soldados da Força Multinacional de Observação (FMO) na região de Al-Gorah, norte da península, nos quais apenas os dois terroristas perderam a vida. Segundo as autoridades, Al-Malahi era o líder do grupo "Monoteísmo e Guerra Santa", que, de acordo com o Ministério do Interior, tem ligação com os atentados de outubro de 2004 em Taba e de julho do ano passado em Sharm el-Sheikh, ambas cidades no Sinai. Aqueles ataques mataram 34 e 60 pessoas, respectivamente. Com a morte de Al-Malahi, sobe para sete o número dos supostos terroristas que perderam a vida em enfrentamentos com as forças de segurança no Sinai após os ataques de Dahab e Al-Gorah. Os organismos de segurança anunciaram no começo do mês que haviam elaborado uma lista com os nomes de 19 pessoas acusadas de envolvimento nos atentados cometidos no Sinai desde outubro de 2004. Não se sabe, no entanto, se fazem parte dessa lista os nomes dos sete supostos terroristas mortos no Sinai depois dos últimos ataques. Segundo as fontes, pelo menos 150 pessoas foram detidas desde o final de abril, cinco delas acusadas de ligação com os atentados.

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