Cerimônia discreta relembrará atentados de 11/09

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Por Agencia Estado
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O segundo aniversário dos maiores atentados já realizados contra os Estados Unidos deve ser marcado nesta quinta-feira com cerimônias simples e discretas. As homenagens começarão às 8h46 em Nova York (9h46 em Brasília), quando o país deve parar para um momento de silêncio, no horário exato em que um dos quatro aviões seqüestrados atingiu a primeira torre do World Trade Center. Em Nova York, os presentes à cerimônia no chamado Ponto Zero também vão fazer pausas às 9h03 (10h03 em Brasília) ? horário em que a segunda torre foi atingida ? e, posteriormente, às 9h59 e às 10h29, marcando a queda de cada uma delas. Os nomes das 2.792 pessoas mortas no World Trade Center vão ser lidos por crianças com parentesco com as vítimas, em uma cerimônia liderada pelo prefeito Michael Bloomberg e que deve levar milhares de pessoas de volta ao que é hoje um grande espaço vazio no coração de Manhattan. "Nossa intenção é realizar uma cerimônia que é simples e poderosa e homenageie e honre a memória dos que se foram, para que nós possamos lembrar e refletir", afirmou o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Também estarão presentes o popular ex-prefeito da cidade, Rudolph Giuliani. Bush O presidente americano, George W. Bush, vai ficar em Washington liderando as homenagens aos 189 mortos no Pentágono, onde um jardim-memorial será inaugurado. Bush passou o primeiro aniversário do atentado em Nova York. "No ano passado, as pessoas precisavam de discursos. Neste ano, uma lembrança discreta é mais apropriada", justificou um porta-voz da Casa Branca. Milhares de cerimônias menores também serão realizadas em todo o país. Dois anos depois, no entanto, muitos americanos ? principalmente nova-iorquinos ? temem a repetição do horror de setembro de 2001. Uma pesquisa de opinião publicada nesta semana no jornal The New York Times indica que dois terços dos moradores da cidade temem um novo ataque terrorista. De acordo com um outro levantamento, feito pela Universidade de Maryland e publicado no jornal britânico Financial Times, 64% dos americanos acham que o intervencionismo militar no Oriente Médio ? parte da chamada guerra contra o terrorismo, iniciada depois dos ataques ? aumenta o ódio de grupos extremistas e, portanto, a ameaça terrorista. A divulgação de uma fita supostamente recente com imagens de Osama Bin Laden ? líder da Al-Qaeda, a quem se atribui a responsabilidade pelos ataques ? reforçou esses temores. O vídeo não mostra Bin Laden falando, mas a TV árabe Al-Jazeera, que divulgou a fita, também transmitiu duas gravações em áudio com a suposta voz do chefe da Al-Qaeda e de seu vice, Ayman al-Zawahri. Em uma das gravações, o suposto Bin Laden elogia os 19 "mártires" que seqüestraram quatro aviões comerciais para usá-los nos ataques coordenados contra Nova York e Washington. O líder da Al-Qaeda elogiou seus supostos seguidores pela "lealdade, sinceridade, magnanimidade e coragem". Mas, em um discurso nesta terça-feira, o presidente americano deu sinais de que não pretende rever a sua política. "Nós não vamos esperar por mais ataques contra americanos inocentes. A melhor forma de proteger o povo americano é continuar na ofensiva, ficar na ofensiva em casa e ficar na ofensiva fora do país", afirmou Bush. As informações são do site da BBC.

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