Chacina em escola alemã foi "ato de vingança", diz polícia

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Por Agencia Estado
Atualização:

O jovem alemão que matou a tiros 16 pessoas na escola da qual havia sido expulso deve ter agido por vingança, segundo informou hoje investigadores da polícia. O atacante, identificado por alguns de seus ex-companheiros como Robert Steinhaeuser, entrou ontem armado na escola Gutenberg, na cidade de Erfurt, e assassinou as 16 pessoas, 13 das quais estudantes, antes de cometer suicídio. O porta-voz da polícia, Achim Kellner, disse que os investigadores trabalham com a possibilidade de Steinhaeuser ter sido movido por vingança. O jovem, de 19 anos, que era apreciador de armas, estava irado por sua recente expulsão, que fora motivada pelo fato de ele ter falsificado um atestado médico para tentar evitar as provas finais. "Foi um ato de vingança", disse Kellner. Segundo ele, Steinhaeuser "não era um aluno aplicado, ele gostava de faltar às aulas". O governador da Turíngia, Bernhard Voge, afirmou hoje durante uma entrevista coletiva, que os investigadores encontraram "uma quantidade significativa" de munições no apartamento de Steinhaeuser e evidências de que seu objetivo eram os professores. "Em muitos casos, as vítimas receberam disparos na cabeça, o que prova que ele era um atirador treinado", disse Vogel. Um ex-namorada, Isabell Hartung, descreveu Steinhaeuser como um jovem inteligente e que se relacionava bem com seus companheiros, mas que brigava com freqüência com os professores e tinha "um relação ruim com os pais". Segundo ela, ele teria lhe dito um dia que "quero que todos conheçam meu nome e quero ser famoso". Hoje, uma grande quantidade de flores foi depositada na entrada principal da escola e os familiares das vítimas se reuniram no local para uma cerimônia. Em toda a Alemanha, as bandeiras ficaram a meio pau hoje e o partido do chanceler Gerhard Schröeder cancelou um comício eleitoral.

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