05 de novembro de 2019 | 01h41
WASHINGTON - O ministro das Relações Exteriores da Bolívia, Diego Pary, denunciou nesta segunda-feira, 4, um "golpe de Estado a caminho" no país. De acordo com Pary, a movimentação está em andamento desde a realização das eleições presidenciais no país, em 20 de outubro, com o início protestos contra o governo do presidente reeleito, Evo Morales. O ministro não descartou a possibilidade de um segundo turno caso a auditoria do pleito, que está sendo feita pela Organização dos Estados Americanos (OEA), proponha a disputa.
"Vamos esperar o que a auditoria vai definir. Se a auditoria tomar uma definição nesse sentido, também estamos dispostos a cumpri-la", disse o chanceler aos jornalistas ao término da sessão extraordinária do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Pary afirmou que o governo de Morales se comprometeu com a OEA a "cumprir a decisão que será tomada" após a auditoria iniciada pela organização.
"Esta auditoria nos permitirá elucidar se houve ou não a fraude denunciada pelo candidato perdedor", acrescentou o chefe da diplomacia boliviana.
O chanceler ainda descartou a possibilidade de haver qualquer diferença entre o trabalho da OEA e a avaliação a ser feita pelo Conselho de Especialistas Eleitorais da América Latina (CEELA), e defendeu que o processo eleitoral "foi absolutamente transparente".
"Na realidade, são auditorias complementares que não se contradizem porque o que vai ser feito é a verificação do que aconteceu no dia das eleições. Vai ser verificado desde o primeiro momento em que se inicia a votação até ao momento em que se procede à contagem dos votos. Portanto, não deve haver qualquer diferença entre o processo de verificação que eles fazem", disse. / EFE
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