Chanceler espanhol disse que não tem certeza se jornalista foi sequestrada

Para José Manuel García-Margallo, ainda há dúvidas sobre o desaparecimento de Salud Hernández, já que ela havia avisado a família que entraria em uma região do país sem cobertura de celular

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ISTAMBUL, TURQUIA - O ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, disse nesta terça-feira, 24, que não tem certeza se a jornalista espanhola Salud Hernández, desaparecida desde sábado na Colômbia, foi sequestrada. Segundo ele, ela teria avisado a família que iria entrar em uma região do país que não tinha cobertura de celular.

“Existem dúvidas sobre o que acontece (...). Ela avisou a família que iria entrar em uma região sem cobertura e que ficaria um tempo por lá”, explicou o ministro espanhol segundo as últimas notícias.

Salud Hernández Mora é colunista do diário colombianoEl Tiempoe foi vista pela última vez no centro urbano de Tarra, município de Catatumbo, onde operam guerrilhas e outros grupos ilegais Foto: Reprodução / Facebook

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Ele continuou sua tese dizendo que não houve reivindicação da ação por nenhum grupo, e reiterou que essa postura “não é frequente” em guerrilhas.

Apesar de lembrar das suspeitas de que o Exército de Libertação Nacional (ELN) a tivesse sequestrado, o ministro afirmou que não existe reivindicação por parte do grupo armado, e acrescentou que o Ministério está em contato com as autoridades locais colombianas.

Salud Hernández, correspondente do jornal e colunista do diário colombiano El Tiempo, foi vista pela última vez no sábado no centro urbano de Tarra, município que faz parte de Catatumbo, onde operam guerrilhas e outros grupos ilegais.

Ela viajou na semana passada ao local para realizar uma reportagem sobre os cultivos de coca. Seu paradeiro permanece desconhecido desde saábado, quando foi vista em companhia de uma freira em um restaurante da cidade.

A jornalista, que vive na Colômbia há vários anos, é conhecida por suas posturas radicais contra os grupos guerrilheiros e suas duras críticas ao processo de paz do governo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). /EFE

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