Chanceleres da América Latina pedem reforma migratória integral

Ministros das Relações Exteriores de oito países se pronunciaram a favor de uma reforma que legalize boa parte dos imigrantes ilegais em território americano

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os chanceleres de oito países da América Latina pediram nesta terça-feira em Washington que o Congresso aprove uma reforma migratória integral, convencidos de que é necessária para fortalecer a segurança na região. Durante um fórum sobre a questão da imigração nos Estados Unidos, os chanceleres de países como El Salvador, México, Colômbia, Guatemala e Nicarágua se pronunciaram a favor de uma reforma das leis migratórias americanas que conduza à legalização de boa parte dos imigrantes ilegais que vivem no país. "Toda nação tem direito a ter fronteiras seguras (...), mas também é importante que haja respeito aos direitos fundamentais dos imigrantes", disse a chanceler da Colômbia, Carolina Barco. Segundo ela, "uma reforma migratória integral ajudará a melhorar a segurança dos EUA". Segurança das fronteiras Por sua vez, o chanceler de El Salvador, Francisco Laínez, disse que qualquer projeto que seja analisado pelo Congresso dos EUA tem de levar em conta as demandas do mercado de trabalho americano, a situação dos imigrantes ilegais que já estão no país e a necessidade de favorecer a reunificação familiar. O chanceler mexicano, Luis Ernesto Derbez, reiterou a posição de seu governo no sentido de que a busca de soluções para a imigração ilegal e o fortalecimento da segurança fronteiriça sejam "uma responsabilidade compartilhada". Segundo Derbez, o debate para uma reforma migratória deve levar em conta assuntos relacionados com o desenvolvimento econômico, o respeito aos direitos humanos e a segurança fronteiriça. O chanceler da Nicarágua, Norman Caldeira, destacou por sua vez que é "desnecessário" que centenas de imigrantes morram em sua tentativa de atravessar ilegalmente os EUA. Por parte do Panamá, o primeiro vice-presidente da República e chanceler, Samuel Lewis Navarro, ressaltou que, embora o problema de imigração não seja um assunto significativo nas relações entre Panamá e EUA, seu país se solidariza com os demais nações da região que pressionam o governo de Washington para alcançar um acordo migratório o mais rápido possível. No mesmo encontro, também estiveram presentes o chanceler da Costa Rica, Roberto Tovar, e o da República Dominicana, Carlos Morales Troncoso.

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