Chanceleres da OEA se reúnem em Washington para discutir crise na Venezuela

Equipes diplomáticas aceleraram as consultas para tentar formular uma proposta que se aproxime de um consenso ou supere os problemas oriundos do processo que levou à convocação da reunião

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Os chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA) participam nesta quarta-feira, 31, em Washington de uma aguardada reunião para discutir a crise na Venezuela, mas precisam superar as divisões internas para poder oferecer um caminho viável ao país.

Esta será a 29ª reunião de consultas da OEA com os chanceleres, mas a tensão provocada pela convocação do encontro fica evidente com a constatação de que, até a véspera, apenas pouco mais da metade dos ministros das Relações Exteriores confirmaram presença.

Esta será a 29ª reunião de consultas da OEA com os chanceleres. Na foto, sede da organização em Washington Foto: Juan Manuel Herrera/OEA

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Na reta final, as equipes diplomáticas aceleraram as consultas para tentar formular uma proposta que se aproxime de um consenso ou que ao menos supere as feridas abertas pelo processo que levou à convocação da reunião.

Foi justamente a decisão do Conselho Permanente da OEA de convocar a reunião de consultas que motivou a reação da Venezuela de iniciar formalmente a saída da entidade continental, um processo que deve demorar dois anos até a sua conclusão.

Desde que iniciou o processo, a Venezuela deixou de comparecer às reuniões na sede da OEA e seria uma grande surpresa se um representante de Caracas decidisse ir ao encontro de consulta nesta quarta-feira.

Até a véspera, existiam duas propostas de declaração com pedidos ao governo da Venezuela para que desista da iniciativa de convocar uma Assembleia Constituinte e liberte os presos políticos.

Mas as consultas nos bastidores podem resultar no avanço de uma proposta diplomática: estabelecer um Grupo de Contato, formado por vários países - inclusive de fora do continente - que atue como mediador de um novo esforço de diálogo entre o governo venezuelano e a oposição. / AFP

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