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Chávez acena a Obama com aproximação

Líder qualifica de ?alentador? projeto de livrar mundo de armas nucleares

Por AP , AFP , Efe , Reuters e TÓQUIO
Atualização:

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, elogiou ontem a iniciativa de seu colega americano, Barack Obama, de pedir um mundo livre de armas nucleares e disse estar disposto a "renovar" as relações entre Caracas e Washington. A declaração do venezuelano é o mais novo sinal de uma possível reaproximação entre os dois países após oito anos de tensão com o governo de George W. Bush. "Atrevo-me a estender a mão a Obama e dizer-lhe que fique do lado daqueles que querem um mundo em paz e amam a verdade e a humanidade", disse Chávez no Japão antes de seguir viagem para a China. "O fato de o presidente dos EUA - a maior potência do mundo e o único país que já usou uma arma nuclear contra outra nação - estar pedindo um mundo sem armas nucleares é muito alentador", afirmou o venezuelano. O gesto de aproximação com Washington foi feito a pouco mais de uma semana da Cúpula das Américas, à qual Obama comparecerá para se reunir com líderes latino-americanos entre os dias 17 e 19 em Trinidad e Tobago. No sábado, Chávez disse que estava disposto a "renovar" as relações com os EUA depois de ter acusado o governo americano de atuar como um "império" e qualificar Obama de "ignorante". No entanto, ele deixou claro que seu governo ainda está "observando e avaliando" a nova administração americana. Chávez, porém, ressaltou que Obama é "muito diferente" de Bush e indicou um aumento na cooperação com os EUA. "O governo de Bush era regido pela loucura, irracionalidade e imoralidade", disse o presidente da Venezuela. "O governo de Obama dá sinais positivos que temos de reconhecer." Chávez ainda afirmou que toda a animosidade que ele sentia era dirigida à administração de Bush e não aos EUA que, segundo ele, são os maiores receptores de investimento venezuelano. "Na base do respeito, tudo é possível: laços mais próximos, incluindo um possível diálogo."

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