08 de dezembro de 2010 | 13h06
"Qualquer banco que falhar (...) eu vou expropriar, seja o Provincial (que pertence ao BBVA) ou o Banesco ou o Banco Nacional de Crédito", disse Chávez na noite de ontem. Chávez afirmou que muitas vezes os bancos recebem uma entrada dos compradores de imóveis, mas depois adiam o processo de mudança das pessoas usando artifícios legais e exigindo mais documentos.
"Se o apartamento está pronto para a mudança, então eles devem ser ocupados imediatamente", alertou Chávez. A falta de moradias para a população de 28 milhões de venezuelanos tem sido um problema no país há décadas e durante os quase 12 anos de governo de Chávez a situação piorou, conforme a população cresceu.
Chávez ameaçou expropriar alguns bancos no passado, dizendo que eles deveriam obedecer às ordens do governo para fornecer mais crédito às pequenas empresas e aumentar o número de empréstimos residenciais para pessoas pobres. Os comentário do presidente da Venezuela sobre o Banco Provincial foram feitos poucos dias depois de o ex-vice-presidente do país Jose Vicente Rangel afirmar que fontes disseram a ele que a unidade do BBVA está à venda, com preço-alvo de US$ 2 bilhões. O banco negou a informação.
O sistema bancário venezuelano entrou em turbulência há um ano, quando Chávez assumiu o controle de algumas instituições pequenas, nacionalizando ou liquidando os ativos e prendendo executivos. Um projeto de lei para reforma do sistema bancário está sendo elaborado pelo governo da Venezuela e alguns analistas dizem que essa reforma vai transformar os bancos em empresas "expropriáveis". As informações são da Dow Jones.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.