Chávez ameaça não enviar mais petróleo aos Estados Unidos

A Venezuela é o quinto exportador mundial de petróleo e o quarto maior fornecedor dos Estados Unidos para onde envia 1,5 dos 3,2 milhões de barris de petróleo diários

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente venezuelano e candidato à reeleição, Hugo Chávez, ameaçou não enviar "nem uma gota a mais de petróleo" aos Estados Unidos se este país tentar "desestabilizar" a Venezuela ou "não reconhecer os resultados eleitorais" de dezembro. "Assim o digo: se o império e seus lacaios (venezuelanos) tentarem de novo um golpe de Estado ou um golpe petroleiro, ou desconhecerem os resultados eleitorais, não enviaremos nem uma gota de petróleo a mais para os Estados Unidos (...). Não haverá mais petróleo venezuelano para os Estados Unidos!", afirmou Chávez num ato de campanha. A Venezuela é o quinto exportador mundial de petróleo e o quarto maior fornecedor dos Estados Unidos, para onde envia 1,5 dos 3,2 milhões de barris de petróleo diários que produz, segundo dados oficiais. Chávez, que ameaçou várias vezes suspender o fornecimento de petróleo aos EUA, fez essas declarações diante de milhares de trabalhadores petroleiros reunidos na cidade de Puerto La Cruz, 320 quilômetros ao sul de Caracas. O governante disse que setores opositores "subordinados" a Washington pretendem aplicar um "plano B", baseado na violência e na desestabilização, após o fracasso da estratégia de "tentar enganar o mundo" dizendo que podiam ganhar as eleições presidenciais de dezembro. "A triste realidade para eles (a oposição) é que fracassaram nessa estratégia, porque nem eles mesmos acreditam nessa grande mentira, até os institutos de pesquisa estrangeiros estão reconhecendo que a diferença que Chávez tem é de até 30 pontos de vantagem", afirmou o governante esquerdista. Segundo o chefe do Estado, diante do fracasso do suposto plano baseado em pesquisas "enganosas", à oposição só restaria a opção "de buscar a ativação do plano B, desconhecendo os resultados eleitorais, tentando um golpe de Estado ou sabotando alguma instalação petrolífera".

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