PUBLICIDADE

Chávez assina renúncia e é levado para quartel

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assinou, agora há pouco, o documento oficial de renúncia ao cargo, segundo informou a rede de TV Globovision. De acordo com a emissora, às 4h05 locais (3h05 pelo horário de Brasília), logo após assinar o termo de renúncia, Chávez foi levado por oficiais para um quartel militar, em um carro blindado e sob escolta do general Manuel Rosendo, chefe do Comando Unificado das Forças Armadas. O general chefe das Forças Armadas, Lucas Rincón, anunciou a renúncia em uma entrevista coletiva. "Os membros do alto comando militar repudiaram os lamentáveis acontecimentos ocorridos ontem em Caracas. Diante disso, solicitamos ao senhor presidente da república que renuncia-se e ele aceitou", disse Ricón Rincón anunciou também que toda a cúpula militar colocou seus cargos a disposição das autoridades que irão designar novos membros. O general disse que não responderia nenhuma pergunta, pois isso é responsabilidade das novas autoridades militares que assumirão o novo governo. De acordo com fontes militares ouvidas pela emissora de TV, o presidente eleito deixou o Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano, vestido com o seu tradicional uniforme de páraquedista, incluindo a boina vermelha. Na saída, Chávez teria sido aplaudido por alguns militares e empregados do Palácio, mas não respondeu aos acenos, mantendo o olhar fixo, sempre em frente. Segundo uma emissora local de rádio, o presidente foi levado para o Forte Tiuna, a principal instalação militar de Caracas. Além do general Manuel Rosendo, estava acompanhado também pelo general José Vicente Rangel, até ontem o seu ministro da Defesa. No forte, o aguardavam o presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, monsenhor Baltazar Porras, um dos seus principais críticos desde a posse em janeiro de 1999. Nenhuma autoridade civil confirmou o destino de Hugo Chávez, embora a especulação entre a imprensa venezuelana é que ele deverá deixar o país nas próximas horas em direção a Cuba. A especulação leva em conta a amizade entre Chávez e o presidente Fidel Castro e as informações de que uma aeronave do governo de Havana teria aterrissado em Caracas no final da noite deste quinta-feira.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.