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Chávez coloca entraves ao referendo sobre mandato

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, advertiu domingo que, apesar do acordo celebrado na passada semana entre governo e oposição, não está garantida a realização de um referendo sobre a continuidade de seu mandato. "Eles disseram que, com o acordo, Chávez aceitou o referendo; isso não é assim", enfatizou o chefe de Estado venezuelano, durante o programa de rádio "Alô Presidente". Chávez defende que, antes, terão de se realizar referendos sobre prefeitos e governadores que tenham cumprido metade dos seus mandatos. "Há várias petições nesse sentido que deram entrada muito antes daquele que me querem aplicar e essas é que têm prioridade", disse. Na última quinta-feira, após meses de negociações com intermediários internacionais, delegações do governo e da oposição assinaram um acordo que prevê a realização de um referendo revogatório presidencial, há muito exigido pelos adversários de Chávez. O acordo foi assinado pelo vice-presidente venezuelano, Jose Vicente Rangel, o secretário-geral da Organização do Estados Americanos, Cesar Gaviria, e o líder da oposição, Timoteo Zambrano. Chávez chegou a comemorar a assinatura do tratado dizendo, pela TV, que o acordo foi um tremendo êxito. A Constituição venezuelana prevê a possibilidade de realização de referendos revogatórios após se ter cumprido metade de uma mandato eleitoral, o que, no caso de Chávez, reeleito para um mandato presidencial de seis anos em 2000, acontece em agosto próximo. A oposição garante ter em sua posse uma petição com 2,4 milhões de assinaturas, mas o governo defende que as mesmas só podem começar a ser recolhidas depois de 19 de agosto.

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