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Chávez diz que boa relação com presidentes de México e Peru é impossível

O presidente venezuelano afirmou que essa incompatibilidade pessoal não significa que as relações com os dois países serão rompidas

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse neste domingo que é "impossível" manter uma relação cordial com os governantes do México, Felipe Calderón, e do Peru, Alan García. Chávez afirmou que essa incompatibilidade pessoal não significa que as relações com os dois países serão rompidas ou não possam continuar a se desenvolver normalmente, sobretudo no plano econômico. Chávez explicou que tanto Calderón como García utilizaram sua imagem de maneira ridícula para atacar seus oponentes de esquerda Ollanta Humala, no caso peruano, e Andrés Manuel López Obrador, no mexicano. "Como o presidente do México vai querer agora que tenhamos boas relações no plano pessoal ou político? Isso é impossível, porque ele as rompeu antes de ser eleito presidente", disse Chávez. O governante lembrou que as autoridades eleitorais mexicanas proibiram peças de propaganda de Calderón que usavam sua imagem de maneira "grosseira". O venezuelano aplica o mesmo raciocínio à García, que, segundo Chávez, chegou a afirmar que o presidente venezuelano se divorciou de Marisabel Rodríguez porque lhe batia. O presidente venezuelano citou declarações de García quando ganhou as eleições: "Aqui há um grande derrotado: o tirano do Caribe (ou seja, eu)". Chávez acrescentou que, pouco depois, García tentou minimizar essas afirmações, dizendo que pertenciam ao passado e que já tinham sido esquecidas. "Esquecer, eu? Não. Se lá não há dignidade, aqui há", disse. Chávez afirmou que "isso não vai levar a uma ruptura de relações". "Continuaremos mantendo relações comerciais com o Peru; temos relações profundas com esse povo irmão, e há um movimento indígena e sindical que esteve a ponto de chegar à Presidência. Acho que foi vítima de fraude", afirmou. A Venezuela mantém congeladas as relações com Peru e México e, segundo os analistas, não se vislumbra uma normalização da situação a curto prazo.

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