Chávez diz que tentará se reeleger novamente

A atual Constituição, referendada em 1999, permite que o presidente seja reeleito apenas uma vez, condição que Chávez cumprirá caso vença o pleito de dezembro

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, reafirmou neste domingo que deseja tentar novas reeleições, que seriam legitimadas em referendos. Chávez disse que a opção da consulta popular será discutida imediatamente após as eleições presidenciais do mês de dezembro, e poderá ser aplicada depois de 2009, quando mais da metade do mandato 2007-2013 tiver transcorrido. O governante explicou que se a oposição se retirar da disputa eleitoral ou não reconhecer sua vitória em 3 de dezembro -indicada por todas as pesquisas de opinião- a convocação do referendo será imediata. Entretanto, se o processo eleitoral se desenvolver normalmente, a convocação da consulta seria discutida na segunda metade do próximo período de governo, depois de 2009. "Se eles fizerem a jogada suja de abandonar a disputa, então convocarei o referendo imediatamente. Se não o fizerem e se comportarem bem, ou seja, se respeitarem a Constituição e os resultados, então, boas-vindas à oposição", disse Chávez. O governante assinalou que se tudo transcorrer normalmente, a possibilidade de uma nova reeleição teria que ser discutida um pouco depois da metade do próximo mandato. A atual Constituição, referendada em 1999, permite que o presidente seja reeleito apenas uma vez, condição que Chávez cumprirá caso vença o pleito de dezembro. O presidente afirmou que não vai permitir que a oposição desestabilize o país caso perca as eleições, e disse que já falou sobre o assunto com os altos comandantes militares e com os chefes das Forças Armadas das diferentes regiões do país. "Se optarem por desestabilizar o país, um referendo e outras medidas poderão ser antecipadas. O melhor é que eles participem e aceitem os resultados. E caso ganhem de mim de maneira limpa, estejam seguros de que aceitarei o resultado", garantiu Chávez. O venezuelano advertiu que caso algum canal de televisão incite a "anarquia social", será fechado, para que não se repita, segundo afirmou, o que aconteceu durante os meses que precederam o golpe de Estado de 2002.

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