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Chávez é processado por receber ajuda de bancos espanhóis

Por Agencia Estado
Atualização:

O advogado opositor venezuelano, Tulio Alvarez, acusou hoje o presidente Hugo Chávez, perante o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), de receber financiamento ilegal dos bancos espanhóis durante sua campanha eleitoral de 1998. Alvarez disse aos jornalistas que abriu processo contra o mandatário em razão de "dois grupos financeiros espanhóis muito importantes terem dado dinheiro à campanha do presidente Hugo Chávez". Ele sustentou que esse financiamento, atribuído ao Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) e outro grupo bancário espanhol cujo nome não indicou, "é absolutamente irregular na evasão fiscal na Espanha". O jurista alegou que os candidatos às eleições na Venezuela são "expressamente proibidos" de receber fundos de empresas estrangeiras e além disso esse dinheiro "não foi declarado" por Chávez perante as autoridades eleitorais de seu país. Alvarez solicitou ao TSJ um "julgamento do mérito" da ação, que deverá determinar se existem razões para julgar o mandatário e, no caso de este vir a ser julgado, se o presidente deverá afastar-se do governo. O advogado, que responsabiliza o chefe do governo pela autoria de 20 delitos, formalizou hoje sua primeira acusação perante o máximo tribunal do país logo após ser decidido, na semana passada, que qualquer cidadão pode solicitar um julgamento de mérito sem recorrer à Procuradoria Geral. O conselheiro delegado do BBVA, José Goirigolzarri, admitiu recentemente perante o juiz espanhol Baltasar Garzón que seu banco havia contribuído com US$ 1,5 milhão para a campanha eleitoral de Chávez em 1998. O funcionário alegou que esse dinheiro era provenienete de contas secretas do banco fora da Espanha. Chávez, por sua vez, disse na semana passada que não tem "nada a temer" em relação às investigações sobre as supostas contribuições do BBVA - cuja sucursal na Venezuela é um dos maiores bancos do país.

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