Chávez gasta bilhões em helicópteros e aviões

Os EUA tentam bloquear as tentativas de compras venezuelanas, mas Chávez busca outros fornecedores como a Espanha e a Rússia

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Por Agencia Estado
Atualização:

Em meio a crescente tensão entre a Venezuela e os Estados Unidos, o presidente venezuelano Hugo Chávez acaba de gastar mais de US$ 2,5 milhões para modernizar o exército do país, com a compra de helicópteros, barcos e aviões de transporte militar em negócios que já ultrapassam os US$ 2,5 bilhões. Um navio cargueiro carregando 30 mil rifles de assalto, modelo Kalashnikov, está rumando para a Venezuela. Este é o primeiro carregamento de um total de 100 mil armas que estarão em mãos da administração de Chávez até o final deste ano. O exército tem pensado em comprar mais submarinos, e Chávez planeja um negócio ainda maior com a Rússia englobando caças de combate. Os EUA têm tentado bloquear as tentativas de compras venezuelanas, mas Chávez está olhando cada vez mais para outros países em busca de outros fornecedores, como a Espanha e a Rússia. "A tentativas dos Estados Unidos de nos bloquear, nos desarmar, estão falhando", disse Chávez após anunciar o carregamento de Kalashnikovs. A administração Bush, cita os laços de Chávez com o Irã e Cuba e acusa a Venezuela de não cooperar com os esforços antiterroristas. O governo americano anunciou neste mês que irá bloquear novas vendas de armas ao país. Os EUA têm se recusado a vender à Venezuela as versões atualizadas de seus jatos F-16. Mas Chávez diz que ele não precisa, nem quer, o armamento americano. Washington, preocupado com as compras da Venezuela, pediu à Rússia e à Espanha para desistirem dos negócios, mas os dois países se recusaram. A Espanha diz que continuará com o negócio, tirando as partes americanas e colocando outras de países diferentes. O economista Mark Stoker diz que essas compras não parecem ser uma ameaça significativa, já que o Brasil e a Colômbia gastam ainda mais com seus exércitos. Chávez também está ajudando o presidente boliviano, Evo Morales, e tem alertado que existe uma conspiração americana para derrubar Morales, mas Washington nega tais acusações.

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