Chávez manda prender capitão da Guarda Nacional

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um capitão da ativa da Guarda Nacional da Venezuela, que pediu publicamente a renúncia do presidente Hugo Chávez, será detido por 15 dias, anunciaram autoridades militares do país. O comandante da Guarda Francisco Landis disse, numa entrevista coletiva, que Chávez havia ordenado a prisão do capitão Pedro Flores, após ouvir as recomendações feitas por um conselho militar que investigou o caso. Em sete de fevereiro, Flores apoiou o coronel da Força Aérea Pedro Soto ao pedir, publicamente, a renúncia de Chávez e a formação de uma junta civil para governar até as eleições. A conduta de Flores ?não foi compatível? com o posto de oficial da ativa, disse Landis. Flores deverá iniciar seu período de prisão na segunda-feira. O coronel Soto foi removido de seu comando na quinta-feira. Os militares venezuelanos estudam o que fazer com o vice-almirante Carlos Molina Tamayo, o terceiro oficial a falar publicamente contra o governo. Os três oficiais disseram que os militares se ressentem de desempenhar funções civis - pintar escolas, consertar estradas, administrar mercados de gêneros essenciais - como parte de uma das principais políticas de desenvolvimento de Chávez. Eles também acusaram o presidente, um esquerdista que, no passado, chegou a liderar um golpe de Estado, de polarizar a sociedade venezuelana, ao entrar em constantes conflitos com a elite econômica, a imprensa e a Igreja Católica. Chávez e a cúpula militar afirmam que a Forças Armadas apóiam o governo e que os três dissidentes não representam a opinião da caserna.

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