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Chávez 'passa bem' em Cuba, assegura seu irmão

Vice-presidente afirma que líder venezuelano telefonou para ministros e apresenta 'franca melhora' após retirada de abscesso pélvico em Havana

Por Reuters e AP
Atualização:

Argenis Chávez, irmão do presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou ontem que o líder "passa bem". Segundo o governo, ele sofreu uma cirurgia para retirar um abscesso pélvico em Cuba, há uma semana. Rebatendo rumores de que o estado de saúde de seu irmão poderia não corresponder às informações de Caracas, Argenis disse que "o presidente é conhecido por manter seu povo informado".Na noite da quinta-feira, o vice-presidente do país, Elías Jaua, afirmou que Chávez passou o dia falando pelo telefone com vários ministros venezuelanos, para passar instruções. Segundo Jaua, o presidente tem se recuperado bem."Recebi um telefonema do presidente, falei com ele durante um tempo e ele apresenta uma franca melhora", contou o vice ao receber um navio-escola da Marinha venezuelana. Jaua estava acompanhado do ministro da Defesa do país, Carlos Mata, que também disse ter recebido uma chamada de Chávez.O responsável pela pasta de Ciência e Tecnologia, Ricardo Menéndez, contou à televisão estatal venezuelana que também conversou com Chávez. O assunto, segundo o ministro, foi o programa governamental para erradicar o déficit habitacional do país em sete anos.Manifestação. Durante um protesto por aumentos salariais e melhores condições de trabalho, médicos venezuelanos marcharam em direção ao Ministério da Saúde ontem. A ausência do presidente foi lembrada por manifestantes cujos cartazes diziam: "Chávez: Se você confia tanto no Bairro Adentro (programa de assistência sanitária para a população carente), por que está em Cuba?"Chávez deixou a Venezuela no dia 5 para uma viagem oficial por Brasil, Equador e Cuba. A prolongada ausência do presidente foi criticada pela oposição, que a classificou como "inconstitucional" e exigiu que o vice assumisse temporariamente. Na quarta-feira, o Parlamento venezuelano - que já havia aprovado a ausência de Chávez - ratificou a autorização para a permanência do líder em território cubano. O governo alega que o presidente tem condições de governar e só está ausente por causa da urgência do procedimento cirúrgico a que foi submetido.

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