31 de julho de 2009 | 07h57
A chancelaria venezuelana emitiu um comunicado negando que o governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, tivesse pedido no ano passado à Venezuela uma explicação sobre as armas achadas em poder das Farc. Bogotá afirmou ter encaminhado discretamente um novo pedido de explicações em junho, sem, de novo, receber uma resposta.
?Por que não exigem de Israel ou dos EUA explicações sobre a grande quantidade de armas desses países encontrada com grupos armados colombianos?, dizia a nota venezuelana, rejeitando a acusação de que tivesse enviado as armas às Farc. ?A Colômbia converteu-se num país belicista que, com um governo incapaz de controlar seu território, decidiu cedê-lo em comodato para a maior potencia militar do planeta, o que se constitui numa ameaça para toda a região.?
Brasil e Chile
Ontem, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e a presidente chilena, Michelle Bachelet, pediram que o acordo militar que viabilizaria o uso de bases militares colombianas pelos EUA seja levado para uma discussão regional na Unasul. ?Eu posso dizer que, a mim, não agrada mais uma base americana na Colômbia. A mim não agrada?, disse, um dia depois de conversar por telefone com Chávez.
Bachelet foi mais discreta. Ela disse concordar com as afirmações do presidente brasileiro, mas não manifestou abertamente uma posição sobre a negociação entre colombianos e norte-americanos. ?Nós respeitamos a soberania de cada país e as decisões que tomam. Mas a reunião da Unasul será um momento oportuno para avaliarmos de que forma essas decisões podem afetar decisões de todos?, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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