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Chávez pede que peruanos votem com sabedoria

Em seu programa de rádio dominical, o presidente da Venezuela não mencionou seu apoio ao candidato esquerdista Ollanta Humala

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente venezuelano Hugo Chávez pediu neste domingo, 4, que o povo peruano tenha sabedoria para "recuperar o caminho de sua dignidade", ao referir-se ao segundo turno das eleições presidenciais no país. "Peço a Deus pelo povo peruano, pela democracia, pela integração. Sabedoria ao povo do Peru, para que recupere o caminho de sua dignidade", disse Chávez durante seu programa dominical de rádio e televisão Alô Presidente. Este foi o único comentário feito por Chávez sobre o pleito no Peru. O presidente não mencionou seu apoio ao candidato de esquerda Ollanta Humala e anunciou que encerraria seu programa mais cedo, entre outras razões pela realização das eleições no Peru. Caracas denunciou que o governo do presidente peruano, Alejandro Toledo e o candidato social-democrata, Alan García, realizaram uma campanha sem escrúpulos contra Chávez que incluiu acusações de intromissão do presidente venezuelano em assuntos internos do Peru. Chávez afirmou diversas vezes que seu apoio a Humala, e suas duras críticas a García, não representam ingerências nos assuntos peruanos. Crise diplomática A Venezuela e o Peru vivem uma aguda crise diplomática desde o final de abril, que inclui acusações e insultos mútuos, além da retirada dos respectivos embaixadores de cada país. O chanceler venezuelano, Alí Rodríguez, sustentou na quarta-feira que a crise entre Caracas e Lima foi iniciada por García "com suas acusações e ofensas contra Chávez, que apenas se limitou a responder". Rodríguez também se mostrou confiante de que Lima "fracassará novamente se tentar levar o conflito bilateral entre Venezuela e Peru à Organização de Estados Americanos (OEA)", cuja assembléia anual será realizada na República Dominicana. O Peru acusou a Venezuela diante a OEA no dia 3 de maio pela "ingerência inaceitável" de Chávez nas eleições do país. Contudo, o fórum multilateral não se pronunciou sobre a questão, por considerá-la um tema bilateral".

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